Não cutuca que eu acordo , Terezinha.
Direto do Armarinho aqui de casa ...( registrado no caderno lindo que o clubinho me presenteou à minha saída):
SIANINHA
No descuido da dor, sou feliz aqui e ali
No cochilo do amor, as lições não são claras , são sonolentas
No espasmo do viver , todas as dilacerações parecem ter cura
E todas as esperanças podem acontecer.
Na falta de sentido, sou musgo agarrado em pau
Qualquer veia minha pode romper
Qualquer fruto meu , amadurecer .
Ai sol, não me cedas à noite
Com meus sonhos a permear o escuro
Como sianinha entremeando saudades claras em panos pretos.
21-11-2011
besos
Denise
Um comentário:
Denise, sem querer ser ligeira ou superficial, pois sua poesia é ´funda`... preciso dizer que adorei “no espasmo do viver, todas as dilacerações parecem ter cura” .... Verdadeiríssimo, mas se soubéssemos mesmo disso, não sofreríamos nunca (e talvez não escreveríamos)...
E: “Na falta de sentido, sou musgo agarrado em pau. Qualquer veia minha pode romper...” forte e belíssimo!
Mana
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