segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

Não cutuca que eu acordo , Terezinha.

Direto do Armarinho aqui de casa ...( registrado no caderno lindo que o clubinho me presenteou à minha saída):


      SIANINHA


No descuido da dor,  sou feliz aqui e ali
No cochilo do amor, as lições  não são claras , são sonolentas
No espasmo  do  viver , todas as dilacerações parecem ter cura
E todas as esperanças podem acontecer.

Na falta de sentido,  sou musgo agarrado em pau
Qualquer veia minha pode  romper
Qualquer fruto meu , amadurecer  .    

Ai  sol, não me cedas à noite
Com meus  sonhos a permear o escuro
Como  sianinha entremeando  saudades claras em panos pretos.


21-11-2011


besos

Denise

Um comentário:

Anônimo disse...

Denise, sem querer ser ligeira ou superficial, pois sua poesia é ´funda`... preciso dizer que adorei “no espasmo do viver, todas as dilacerações parecem ter cura” .... Verdadeiríssimo, mas se soubéssemos mesmo disso, não sofreríamos nunca (e talvez não escreveríamos)...
E: “Na falta de sentido, sou musgo agarrado em pau. Qualquer veia minha pode romper...” forte e belíssimo!
Mana