sábado, 25 de fevereiro de 2012

Macau e Camões Parte 2



                Ao redor da gruta, no lugar mais alto do Jardim à volta de uma praça estão todas estas homenagens à Camões.
Se não conseguirem ler eu mando em foto por e-mail.











Esta é a vista de Macau pelos olhos de Camões. E pelos meus também.



 










  












































Acho que o vulgo ignaro sou eu.
 




  


























Em meio, talvez alheias, a toda esta poesia as velhinhas dançavam. Acho que depois iam ver uma peça de um tal de Oscar Wilde.




























































































































































































































quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Macau e Camões

Para o clubinho querido,

Seguindo os passos de Camões em Macau, começando pela praça

que dá acesso ao Jardim Público onde nesta gruta dizem que nosso querido gênio escreveu Os Lusíadas 






Para nós parece muito, e é, mas os daqui, ou melhor, de lá, me parecem que não estão nem aí.
De português, só as placas traduzidas, pois é língua oficial como o chinês, e os pastéis de Belém.
Algumas misturas estranhas de português com chinês na fisionomia, que particularmente achei a nossa de negro e índio muito mais interessante.

Em outra postagem mando mais do jardim.
Saudades...




terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

Charles Dickens

O aniversariante de hoje é Charles Dickens!
Olhem que lindo o “doodle” do google.
Happy birthday, dear friend!

Cultura inútil da Wikipedia: Um Doodle é um tipo de esboço de algum desenho realizado quando uma pessoa está distraída ou ocupada. Doodles são desenhos simples que podem ter significado concreto de representação ou simplesmente representar formas abstratas.

Muitos exemplos podem ser encontrados em cadernos escolares, muitas vezes à margem, desenhados por alunos distraídos ou desinteressados durante uma aula.

Geralmente doodles incluem caricuturas de professores ou colegas de escola, pessoas famosas ou personagens de desenhos animados, seres fictícios, paisagens, formas geométricas, banners com legendas e animações feitas desenhando-se uma seqüência de cenas em várias páginas de um livro ou caderno.

Etimologia: A palavra americana doodle surgiu por volta do século XVII para significar um tolo ou simplório.  Variantes da etimologia alemã incluem Dudeltopf, Dudentopf, Dudenkopf, Dude, Dudeldopp e Dödel.

O que significa "tolo, simplório" destina-se no título da canção "Yankee Doodle", originalmente cantada por tropas coloniais britânicas antes da Guerra Revolucionária Americana. Esta é também a origem do verbo em inglês com o mesmo nome, no início do século XVIII: doodle, que significa "fazer de bobo". O significado moderno surgiu na década de 1930 a partir deste significado ou a partir do verbo "ociosidade", que desde o século XVII teve o significado de perder tempo ou de ser preguiçoso.

Efeitos na memória: De acordo com um estudo publicado pelo Applied Cognitive Psychology, criar doodles ajuda a memória de uma pessoa de forma significativa. O estudo foi feito pelo professor Jackie Andrade, da Faculdade de Psicologia da Universidade de Plymouth. [

Monólogo de Orfeu

Contribuição do Beto que lembrou deste texto ao ler o texto do Aníbal MAchado: A Morte da Porta-Bandeira.

Monólogo de Orfeu - Vinícius de Moraes

Mulher mais adorada!
Agora que não estás,
deixa que rompa o meu peito em soluços
Te enrustiste em minha vida,
e cada hora que passa
É mais por que te amar
a hora derrama o seu óleo de amor em mim, amada.
E sabes de uma coisa?
Cada vez que o sofrimento vem,
essa vontade de estar perto, se longe
ou estar mais perto se perto
Que é que eu sei?
Este sentir-se fraco,
o peito extravasado
o mel correndo,
essa incapacidade de me sentir mais eu, Orfeu;
Tudo isso que é bem capaz
de confundir o espírito de um homem.
Nada disso tem importância
Quando tu chegas com essa charla antiga,
esse contentamento, esse corpo
E me dizes essas coisas
que me dão essa força, esse orgulho de rei.
Ah, minha Eurídice
Meu verso, meu silêncio, minha música.
Nunca fujas de mim.
Sem ti, sou nada.
Sou coisa sem razão, jogada, sou pedra rolada.
Orfeu menos Eurídice: coisa incompreensível!
A existência sem ti é como olhar para um relógio
Só com o ponteiro dos minutos.
Tu és a hora, és o que dá sentido
E direção ao tempo,
minha amiga mais querida!
Qual mãe, qual pai, qual nada!
A beleza da vida és tu, amada
Milhões amada! Ah! Criatura!
Quem poderia pensar que Orfeu,
Orfeu cujo violão é a vida da cidade
E cuja fala, como o vento à flor
Despetala as mulheres -
que ele, Orfeu,
Ficasse assim rendido aos teus encantos?
Mulata, pele escura, dente branco
Vai teu caminho
que eu vou te seguindo no pensamento
e aqui me deixo rente quando voltares,
pela lua cheia
Para os braços sem fim do teu amigo
Vai tua vida, pássaro contente
Vai tua vida que estarei contigo.

sábado, 4 de fevereiro de 2012

Contribuição de um fã

Contribuição do Luis Henrique, filho da Lilian e incentivador do Clubinho para o encontro do carnaval.
Luis Henrique acertou na mosca! Músicas lindas, vamos procurar no Youtube e fazer um fundo musical.
apareça quando quiser e continue contribuindo.

NOITES DOS MASCARADOS (1966)

Quem é você?
Adivinhe, se gosta de mim
Hoje os dois mascarados
Procuram os seus namorados
Perguntando assim:
Quem é você, diga logo
Que eu quero saber o seu jogo
Que eu quero morrer no seu bloco
Que eu quero arder no seu fogo

Eu sou seresteiro
Poeta e cantor
O meu tempo inteiro
Só zombo do amor
Eu tenho um pandeiro
Só quero violão
Eu nado em dinheiro
Não tenho um tostão
Fui porta-estandarte
Não sei mais dançar
Eu, modéstia parte
Nasci pra sambar
Eu sou tão menina
Meu tempo passou
Eu sou Colombina
Eu sou Pierrot

Mas é carnaval
Não me diga mais quem é você
Amanhã, tudo volta ao normal
Deixe a festa acabar
Deixe o barco correr
Deixe o dia raiar
Que hoje eu sou
Da maneira que você me quer
O que você pedir
Eu lhe dou
Seja você quem for
Seja o que Deus quiser
Seja você quem for
Seja o que Deus quiser



QUEM TE VIU, QUEM TE VÊ (1966)

Você era a mais bonita das cabrochas dessa ala
Você era a favorita onde eu era mestre-sala
Hoje a gente nem se fala, mas a festa continua
Suas noites são de gala, nosso samba ainda é na rua

Hoje o samba saiu procurando você
Quem te viu, quem te vê
Quem não a conhece não pode mais ver pra crer
Quem jamais a esquece não pode reconhecer

Quando o samba começava, você era a mais brilhante
E se a gente se cansava, você só seguia adiante
Hoje a gente anda distante do calor do seu gingado
Você só dá chá dançante onde eu não sou convidado

Hoje o samba saiu procurando você
Quem te viu, quem te vê
Quem não a conhece não pode mais ver pra crer
Quem jamais a esquece não pode reconhecer

O meu samba se marcava na cadência dos seus passos
O meu sono se embalava no carinho dos seus braços
Hoje de teimoso eu passo bem em frente ao seu portão
Pra lembrar que sobra espaço no barraco e no cordão

Hoje o samba saiu procurando você
Quem te viu, quem te vê
Quem não a conhece não pode mais ver pra crer
Quem jamais a esquece não pode reconhecer

Todo o ano eu lhe fazia uma cabrocha de alta classe
De dourado eu lhe vestia para que o povo admirasse
Eu não sei bem com certeza por que foi que um belo dia
Quem brincava de princesa acostumou na fantasia

Hoje o samba saiu procurando você
Quem te viu, quem te vê
Quem não a conhece não pode mais ver pra crer
Quem jamais a esquece não pode reconhecer

Hoje eu vou sambar na pista, você vai de galeria
Quero que você assista na mais fina companhia
Se você sentir saudade, por favor não dê na vista
Bate palmas com vontade, faz de conta que é turista

Hoje o samba saiu procurando você
Quem te viu, quem te vê
Quem não a conhece não pode mais ver pra crer
Quem jamais a esquece não pode reconhecer



SONHO DE UM CARNAVAL (1965)

Carnaval, desengano
Deixei a dor em casa me esperando
E brinquei e gritei e fui vestido de rei
Quarta-feira sempre desce o pano

Carnaval, desengano
Essa morena me deixou sonhando
Mão na mão, pé no chão
E hoje nem lembra não
Quarta-feira sempre desce o pano

Era uma canção, um só cordão
E uma vontade
De tomar a mão
De cada irmão pela cidade

No carnaval, esperança
Que gente longe viva na lembrança
Que gente triste possa entrar na dança
Que gente grande saiba ser criança